Sinto o vazio que me invade, transformando em deserto a minha alma. Perdi-me num espaço que não é meu e nele não encontro a razão desta minha dor.
Nas minhas veias queimadas o sangue abre caminho até ao coração e nele absorve toda a lucidez, todo o raciocínio.
Sinto que vou mergulhar num abismo…
E quando o desespero tolda a minha mente do poço negro onde me afogo, nasce uma luz…
Onde fui encontrar este jeito de te amar?
Amo-te nas primeiras horas do dia, quando devagar me levanto com essa sensação horrível que não vou aguentar mais um dia com esta dor que me aperta o estômago e me arde na garganta.
Amo-te nas noites em que suplico por algumas horas de sono e perdido nas horas lentas de insónias invento-te em silêncio.
Como é possível amar-te assim se tu nem sequer sabes de mim?
SonsCalados
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