terça-feira, 29 de novembro de 2016




Talvez… 

A chuva bate na minha janela e desperta-me de um sonho onde sei, teres estado mas do qual não lembro mais nada. Como é possível continuares tão presente quando já não estás. O sonho evaporou-se com o despertar e no seu lugar deixou uma saudade que me abraça com um manto de tristeza que me pesa na alma.

O pensamento leva-me para um tempo em que o riso era a nossa melodia preferida. E o teu sempre foi algo de maravilhoso que me fazia tão feliz e foi nessa emoção que me deixei prender e embalar. Como foi possível amar-te tanto assim, logo na primeira gargalhada? Provavelmente já nem te lembras do que aconteceu nesse dia...ou será que lembras?

Os dias contigo sempre foram uma eterna primavera. Cheios de cores alegres e perfumes inebriantes. Todos os dias foram dias de te amar um pouco mais.

Hoje continuas a ser essa gargalhada, mas percebi que amar-te é uma estrada sem saída. E apesar de eu ter visto o sinal de sentido único, não hesitei em acelerar neste sentimento.
Nunca consegui dizer-te o quanto gosto de ti, porque não há palavras tão gigantes.

Talvez nunca venhas a saber o tamanho deste meu gostar. E o mais certo é nunca deixar o meu pensamento traduzir-se em palavras que possas ouvir ou ler. Vou estar aqui, sempre para ti. Envolvido nesta saudade daquilo que não pode ser, sonhando com histórias de conto de fadas.
Um dia, na curva do tempo, talvez consigas perceber que te faço falta e que gostas um pouquinho mais de mim e nesse dia, eu possa dizer-te aquilo que calo e que provavelmente nunca saberás. 
SonsCalados