sábado, 28 de maio de 2016

Trago no peito...

Trago no peito as saudades de um tempo que talvez nunca tenha sido meu, mas no qual a ilusão fez-me viver sorrisos.
Viver de saudade, é assim que hoje escolho passar os meus dias. Preso nas memórias de mil histórias por mim inventadas. Não sei ao certo se fui sempre coerente com as minhas personagens mas sei que nelas, vivi momentos lindos.
E foi assim durante tantos anos. Sempre foste uma presença constante. Uma amiga em todas as horas, um amor em cada batida do meu coração.

Amei cada segundo, mesmo quando o sentimento foi apenas uma ilusão alimentado pelo meu bem querer e pela tua doçura. Inventei-te nas mais diversas situações e muitas vezes corei ao descrever-te pormenores das nossas aventuras sonhadas. Foram sempre momentos cheios de uma magia que não podia ser apenas minha.

Quero acreditar que a ilusão era feita com verdades e que talvez não em todos, mas em alguns desses momentos te permitistes amar-me um pouco.
Mesmo quando a mente desperta para a realidade e a verdade se despe do sonho, mesmo quando eu sei dos teus sentimentos, faço de conta que por alguma razão, escondes no teu peito, embrulhado em papel de cetim, essa emoção tão doce que é gostar assim, só pelo facto de gostar e pronto.


Trago no peito essa saudade de saber que me amavas, mesmo sabendo que não.

SonsCalados

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